quarta-feira, 7 de agosto de 2013


Histórias do vôlei
 
Wilde Fuccilli, técnico de vôlei de Osasco na década de 60 lembra suas histórias

 
 
 
 
 
 


Ginásios lotados, ingressos esgotados, transmissão pela TV, torcedores gritando o nome de seus ídolos. Espetáculo. O vôlei brasileiro cresceu muito nas últimas décadas, cresceu e apareceu. Osasco é a casa de uma das melhores equipes de vôlei feminino do mundo, patrocinada pela multinacional Néstlè. Patrocínio forte, apoio da Prefeitura do Município, bom trabalho nas categorias de base, com o ADC Bradesco. Osasco é hoje uma vitrine onde brilham as melhores atletas, a capital do vôlei no estado de São Paulo.

Quando falamos do vôlei em Osasco vem à cabeça o Bradesco e a Néstlè, que proporcionam à cidade momentos de alegria, como foram nos recentes títulos no adulto e nas categorias de base. Mas a história do vôlei na cidade é anterior ao apoio da iniciativa privada, assim como é a história do vôlei brasileiro.

A história do vôlei de Osasco nos leva à época em que os atletas ralavam os joelhos nas quadras de cimento e em que o capitão sempre escolhia a quadra que ficava a favor do sol.

Aos 78 anos de idade, Wilde Fuccilli, osasquence de coração, o primeiro técnico de equipes de vôlei que representaram a cidade no Estado, guarda a bola do jogo no qual Osasco ganhou a primeira medalha de bronze em Jogos Regionais no vôlei Feminino, em 1966, em São Bernardo do Campo.

“Naquela época eramos uma família. Viajávamos de kombi, ganhávamos apenas o lanche e a condução. Jogávamos por amor, por uma medalha. Vestíamos o uniforme de Osasco com orgulho”, afirmou Fuccilli.

Funcionário aposentado pela Prefeitura de Osasco, Fuccilli não tem formação em Educação Física, é apaixonado pelo esporte, não só pelo vôlei que lhe deu muitas alegrias.

“Aprendi sobre o vôlei porque sempre fui curioso. Treinei o juvenil do Palmeiras na década de 60, treinava o pessoal da Cobrasma, em Osasco. Assistia muitos jogos, gostava da maneira como os russos jogavam. Olhava os Jogos e tentava pegar o que as equipes faziam de melhor”, declara Wilde.

Até hoje Wilde gosta de ver os jogos de vôlei transmitidos pela TV. “Mudou muito, mas não mudou muito, até hoje as grandonas tem dificuldade em passar em defender, tarefa que os mais baixos fazem muito melhor”, comenta. Como técnico Wilde ficava irritado quando as meninas erravam o saque. “Costumava dizer, só quero que você passe a bola para o outro lado, daí o problema passa a ser deles”,diz.

São muitas histórias, fotos, medalhas. Quando fala em vôlei os olhos claros do Sr. Wilde Fuccilli brilham, fala de suas histórias com paixão, histórias que dariam um livro. Em relação aos Jogos Regionais, Fuccilli lembra como era e faz a comparação com hoje. “Desde sempre Santos, São Bernardo, São Caetano e Santo André disparam na frente, eles brigam pelos primeiros lugares e a gente ia atrás. Nisso não mudou muito não”, fala Wilde no auge de seus 78 anos de vida.

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