Histórias do vôlei
Wilde Fuccilli, técnico
de vôlei de Osasco na década de 60 lembra suas histórias
Ginásios lotados,
ingressos esgotados, transmissão pela TV, torcedores gritando o nome
de seus ídolos. Espetáculo. O vôlei brasileiro cresceu muito nas
últimas décadas, cresceu e apareceu. Osasco é a casa de uma das
melhores equipes de vôlei feminino do mundo, patrocinada pela
multinacional Néstlè. Patrocínio forte, apoio da Prefeitura do
Município, bom trabalho nas categorias de base, com o ADC Bradesco.
Osasco é hoje uma vitrine onde brilham as melhores atletas, a
capital do vôlei no estado de São Paulo.
Quando falamos do vôlei
em Osasco vem à cabeça o Bradesco e a Néstlè, que proporcionam à
cidade momentos de alegria, como foram nos recentes títulos no
adulto e nas categorias de base. Mas a história do vôlei na cidade
é anterior ao apoio da iniciativa privada, assim como é a história
do vôlei brasileiro.
A história do vôlei de
Osasco nos leva à época em que os atletas ralavam os joelhos nas
quadras de cimento e em que o capitão sempre escolhia a quadra que
ficava a favor do sol.
Aos 78 anos de idade,
Wilde Fuccilli, osasquence de coração, o primeiro técnico de
equipes de vôlei que representaram a cidade no Estado, guarda a bola
do jogo no qual Osasco ganhou a primeira medalha de bronze em Jogos
Regionais no vôlei Feminino, em 1966, em São Bernardo do Campo.
“Naquela época eramos
uma família. Viajávamos de kombi, ganhávamos apenas o lanche e a
condução. Jogávamos por amor, por uma medalha. Vestíamos o
uniforme de Osasco com orgulho”, afirmou Fuccilli.
Funcionário aposentado
pela Prefeitura de Osasco, Fuccilli não tem formação em Educação
Física, é apaixonado pelo esporte, não só pelo vôlei que lhe deu
muitas alegrias.
“Aprendi sobre o vôlei
porque sempre fui curioso. Treinei o juvenil do Palmeiras na década
de 60, treinava o pessoal da Cobrasma, em Osasco. Assistia muitos
jogos, gostava da maneira como os russos jogavam. Olhava os Jogos e
tentava pegar o que as equipes faziam de melhor”, declara Wilde.
Até hoje Wilde gosta de
ver os jogos de vôlei transmitidos pela TV. “Mudou muito, mas não
mudou muito, até hoje as grandonas tem dificuldade em passar em
defender, tarefa que os mais baixos fazem muito melhor”, comenta.
Como técnico Wilde ficava irritado quando as meninas erravam o
saque. “Costumava dizer, só quero que você passe a bola para o
outro lado, daí o problema passa a ser deles”,diz.
São muitas histórias,
fotos, medalhas. Quando fala em vôlei os olhos claros do Sr. Wilde
Fuccilli brilham, fala de suas histórias com paixão, histórias que
dariam um livro. Em relação aos Jogos Regionais, Fuccilli lembra
como era e faz a comparação com hoje. “Desde sempre Santos, São
Bernardo, São Caetano e Santo André disparam na frente, eles brigam
pelos primeiros lugares e a gente ia atrás. Nisso não mudou muito
não”, fala Wilde no auge de seus 78 anos de vida.
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